
Como Saber Se o Quadril do Seu Filho Está Melhorando Com o Uso do Suspensório de Pavlik ou Tübingen?
23/01/2025
Bebê que Fica Sentado Durante a Gestação Tem Maior Risco de Displasia do Quadril (DDQ)?
23/01/2025A ultrassonografia é um exame fundamental para o diagnóstico e acompanhamento da Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ) em bebês. Um dos métodos mais utilizados para avaliar o desenvolvimento do quadril é o Método de GRAF, que mede a angulação da articulação do quadril utilizando dois parâmetros principais: o ângulo alfa e o ângulo beta. Esses ângulos ajudam a avaliar a posição da cabeça femoral e o desenvolvimento do acetábulo, permitindo que o médico determine se o quadril está se adequado para a idade e o seu desenvolvimento está satisfatório.

Aqui está uma explicação detalhada de como esses ângulos são medidos e o que eles significam:
1. O Ângulo Alfa?
O ângulo alfa é um parâmetro utilizado para avaliar a profundidade do acetábulo. Esse ângulo mede a inclinação do teto ósseo do acetábulo, a parte do osso que forma a “concha” onde a cabeça do fêmur se encaixa.
- Como é medido? O ângulo alfa é formado pela linha que passa da borda inferior do ílio até a borda superior e lateral do acetábulo, em relação a uma linha tangente ao ilíaco. Esse ângulo avalia o grau de cobertura da cabeça femoral pelo acetábulo.
- O que significa? Um ângulo alfa normal indica que o acetábulo está bem desenvolvido e a cabeça femoral está corretamente posicionada dentro da cavidade acetabular. Em bebês saudáveis, o ângulo alfa costuma ser maior que 60 graus. Quando o ângulo alfa é menor , isso pode indicar que o acetábulo não está suficientemente desenvolvido para manter a cabeça do fêmur (“bola”) estável, o que pode ser um sinal de DDQ.
2. O Ângulo Beta
O ângulo beta é um parâmetro utilizado para avaliar a inclinação do teto cartilaginoso acetabular, que não é visível nas radiografias e pode ser observada apenas por ultrassonografia.
- Como é medido? O ângulo beta é formado pela linha que passa no turning point (ponto de virada) e vai até os ecos centrais do labrum, em relação a linha tangente ao ilíaco. Esse ângulo é utilizado para avaliar a formação do teto cartilaginoso acetabular e a sua relação com a cabeça femoral.
- O que significa? O ângulo beta elevado pode ser indicativo de um quadril descentralizado, já que uma cartilagem mais inclinada pode significar uma alteração no encaixe da cabeça femoral. Em bebês saudáveis, o ângulo beta é geralmente inferior a 55 graus. Se o ângulo beta estiver aumentado (acima de 55 graus), pode ser um indicativo de que a articulação do quadril não está se desenvolvendo de forma adequada, o que pode sugerir displasia do quadril.
Por Que os Ângulos Alfa e Beta São Importantes?
Esses dois ângulos fornecem informações cruciais sobre o desenvolvimento e a estabilidade da articulação do quadril do bebê. Juntos, eles ajudam a classificar o quadril centralizado e descentralizado, permitindo que o médico determine se há displasia acetabular ou luxação do quadril e, assim, decida o melhor tratamento.
- Ângulo alfa maior que 60º e ângulo beta abaixo de 55º indicam um quadril normal e estável.
- Ângulo alfa menor que 60º e ângulo beta acima de 55º podem ser indicativos de instabilidade ou displasia do quadril.
Conclusão: A Importância da Ultrassonografia pelo Método de GRAF no Diagnóstico de DDQ
A ultrassonografia do quadril pelo Método de GRAF é um exame eficaz e não invasivo para detectar e acompanhar a displasia do quadril em recém-nascidos e bebês. O acompanhamento desses ângulos permite que os profissionais de saúde detectem problemas precoces na articulação do quadril e, com o tratamento adequado, como o uso do Suspensório de Pavlik, corrigem a condição antes que se tornem mais graves.
Se você está acompanhando o desenvolvimento do quadril do seu filho ou se recebeu o diagnóstico de DDQ, é importante seguir as orientações médicas e realizar os exames de imagem recomendados para garantir o melhor tratamento possível.