
Charutinho Seguro: Como Proteger a Saúde e o Desenvolvimento do Seu Bebê
23/01/2025
Meu Filho com Diagnóstico de Displasia do Quadril Vai Andar?
23/01/2025A Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ) é uma condição em que a articulação do quadril não se forma corretamente. Isso pode causar instabilidade na articulação e, em casos mais graves, levar a problemas futuros. Então, se você tem um bebê e recebeu a notícia de que ele tem DDQ, ou está preocupada com o desenvolvimento dele, entender os fatores de risco é fundamental para acompanhar a evolução.
As evidências para a realização de exames de imagem antes dos 6 meses de idade são sólidas caso o bebê apresente um ou mais dos seguintes fatores de risco: apresentação pélvica, histórico familiar ou histórico de instabilidade clínica (alteração nas manobras realizadas durante o exame físico).
Aqui, vamos te explicar os fatores de risco principais e secundários de acordo com a Academia Americana de Ortopedia (AAOS), tudo de forma simples, para que você consiga se informar e, quem sabe, prevenir a condição no seu filho.

Principais Fatores de Risco para DDQ
Estes são os fatores que realmente aumentam as chances do seu bebê ter displasia do quadril:
1. Histórico Familiar de DDQ
Por que é um risco?: Se você tem histórico familiar de displasia do quadril, as chances de seu bebê também ter a condição aumentam. Genética é uma parte importante do quadro, então, se alguém na sua família teve DDQ, vale ficar atenta. As definições de histórico familiar na literatura variam de “problemas não especificados no quadril” a “luxação do quadril” e incluem desde parentes de primeiro grau (pais e irmãos) até parentes distantes ou casos vagos de problemas no quadril ou DDQ.
2. Posição Pélvica (Sentado) Durante a Gestação
Por que é um risco?: Se o bebê ficou na posição pélvica (com os pés para baixo e a cabeça para cima) durante a gravidez, isso pode alterar o posicionamento do quadril. No entanto, não há evidências que sustentem que a duração específica da posição pélvica influencie o risco de ter DDQ.
Fatores Secundários de Risco para DDQ
Embora esses fatores aumentem as chances de DDQ, eles têm um impacto menor em comparação com os principais fatores:
1. Bebês Meninas
Por que é um risco?: A displasia do quadril é mais comum em meninas do que em meninos. Acredita-se que isso tenha a ver com os hormônios femininos, que podem deixar os ligamentos mais flexíveis, o que pode afetar o desenvolvimento da articulação do quadril.
2. Primeiros Filhos
Por que é um risco?: Os primeiros filhos têm mais chances de ter DDQ do que os irmãos mais novos. Isso pode ser devido ao menor espaço intrauterino, já que o útero é menos complacente, o que pode afetar o desenvolvimento do quadril.
3. Baixa Quantidade de Líquido Amniótico
Por que é um risco?: Quando a mãe tem pouco líquido amniótico, isso pode limitar o movimento do bebê dentro do útero. Sem espaço suficiente para se mover, o bebê pode ter um risco maior de não posicionar o quadril corretamente.
4. Deformidades nos pés
Por que é um risco? As deformidades nos pés também podem ser provocadas por posições intrauterinas restritas. Essa mesma “pressão” pode contribuir para o desalinhamento da articulação do quadril, aumentando o risco de DDQ.
5. Deformidades no pescoço
Por que é um risco? O torcicolo congênito que é caracterizado pelo encurtamento do músculo esternocleidomastoideo, também pode ser resultado de uma posição intrauterina restritiva, que afeta tanto o pescoço quanto outras partes do corpo, incluindo os quadris.
Conclusão: Como Saber se Seu Bebê Está em Risco de DDQ
A displasia do quadril é uma condição com múltiplas causas, tanto genéticas quanto ambientais. Se o seu bebê tem algum desses fatores de risco, vale a pena conversar com o ortopedista pediátrico e realizar exames de acompanhamento, como a ultrassonografia, que pode ajudar a diagnosticar a DDQ precocemente.
A detecção precoce e o tratamento adequado são essenciais para garantir que o quadril do seu bebê se desenvolva de forma saudável. Se você tem preocupações sobre o quadril do seu filho, não hesite em procurar ajuda especializada.
Referência:
https://www.orthoguidelines.org/guideline-detail?id=1720&tab=by_specialty