Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ)

Após o nascimento, alguns pediatras encaminham os recém-nascidos para o ortopedista avaliar os quadris. Isso acontece porque existe uma suspeita ou um fator de risco que pode indicar a displasia do desenvolvimento do quadril.

A DDQ é mais presente no nascimento, mas pode se desenvolver no primeiro ano de vida. Ela é uma alteração no encaixe do quadril, que pode ocorrer por uma alteração no formato do osso ou um afrouxamento ligamentar, o que gera instabilidade dessa articulação.

A DDQ está presente em 1 a cada 100 crianças nascidas vivas e está associada a alguns fatores de risco:

• A criança ser do sexo feminino
• A criança ser primogênita
• O bebê ter nascido na posição de nádegas (especialmente com os pés para cima dos ombros). Inclusive, a Academia Americana de Pediatria agora recomenda a ultrassonografia para triagem de todas as bebês meninas nascidas na posição de nádegas
• Histórico familiar de DDQ (pais ou irmãos)
• Oligohidrâmnio, ou seja, baixo nível de líquido amniótico

O pediatra também pode perceber alterações no exame físico do recém-nascido na maternidade como “click” no quadril, assimetria das dobras da coxa, limitação do movimento do quadril, alteração no tamanho das pernas, entre outros.

Na presença de algum fator de risco ou alteração no exame físico, é indicada a avaliação por um ortopedista.

O ortopedista, através do exame físico e de exames de imagem como ultrassonografia dos quadris e/ou a radiografia da bacia, irá determinar a necessidade de se realizar ou não o tratamento e o acompanhamento.

O tratamento depende da idade da criança no momento do diagnóstico. Normalmente, quando diagnosticada nos primeiros 6 meses, é indicado o uso de suspensório de Pavlik por um período de 6-12 semanas.

Para crianças mais velhas, o tratamento muda de acordo com a faixa etária.

Fonte:
https://orthoinfo.aaos.org/en/diseases–conditions/developmental-dislocation-dysplasia-of-the-hip-ddh
https://hipdysplasia.org